A depressão é um sintoma que nos diz que não estamos nos
amando como deveríamos.
O caminho para sairmos dela é preencher este vazio com a
recuperação da auto-estima e do amor em todos os sentidos. Primeiro, procurando
nos conhecer e nos analisar, com o intuito de nos descobrirmos, sem nos
julgarmos, sem nos punirmos ou nos culparmos. E depois, nos aceitarmos como
somos, com todas as nossas limitações, mas sabendo que temos toda
potencialidade divina dentro de nós, esperando para desabrochar como sementes
de luz. Isto nada mais é do que desenvolver a fé em si e no criador, sentimento
este que transforma e que nos liga diretamente a Deus.
Uma pessoa consciente de sua riqueza interior passa a ter
segurança e fé nas suas potencialidades infinitas, começando a gostar e
acreditar em si, amando-se e a partir de então, sentindo necessidade de
expandir este sentimento a tudo e todos. Começa assim a se despertar para os
verdadeiros valores da vida espiritual, se transformando numa pessoa feliz e
sorridente, pois onde existe seriedade, há algo de errado; a seriedade está
ligada ao ser doente.
Sorria e seja feliz amando e servindo sempre.
A terapia contra a depressão se baseia no amar e no servir,
se envolvendo em trabalhos úteis e no serviço do bem. Seja no trabalho
profissional, no trabalho do lazer, ou no trabalho de servir ao próximo, o
indivíduo se ocupa, exercita o amor, e deixa de se envolver com as lamentações,
pois a infelicidade faz seu ninho no escuro dos sentimentos de cada um.
Dificilmente conheceremos um deprimido, entre aqueles que trabalham a serviço
do bem.
Para doarmos este amor, não basta somente fazermos obras de
caridade, temos que nos tornarmos caridosos; antes de fazermos o bem temos que
ser bons. Darmos um pão, um agasalho, mais junto colocarmos uma boa dose de
afeto e carinho. Ser acima de tudo generosos, que é a caridade com afeto. As
pessoas estão com fome de amor, de calor humano, um ombro amigo, um abraço, um
aconchego e uma palavra de carinho.
Às vezes, com um simples sorriso, um bom dia, um olhar
afetuoso, nós estamos doando energia e transmitindo vida.
O homem alcançou um enorme progresso intelectual,
satisfazendo suas necessidades materiais com os avanços tecnológicos. Porém,
ainda se depara com enormes dificuldades na convivência fraterna com o seu
semelhante. Estamos cada vez mais próximos um dos outros através dos meios de
comunicação e, no entanto, mais afastados emocionalmente. Agora, o homem está
sentindo a necessidade premente de desenvolver a afetividade, de se envolver,
amar e sentir o seu semelhante.
Temos que ressuscitar e liberar a criança que está esquecida
dentro de nós. Para resgatarmos esta criança que adormece em nós, é necessário
que vejamos o mundo de forma positiva e otimista. A nossa criança interior,
geralmente se encontra retraída e oprimida, porque a vida nos apresenta de
forma desagradável; ainda não vivemos de forma natural, espontânea e isto gera
ansiedade e sofrimento. Como a criança é movida pelo prazer, ela se recolhe e
não se manifesta.
A criança não se julga, não se pune. Ela apenas vive o hoje,
o agora, integrada perfeitamente a Deus e à natureza. “Deixai vir a mim as
criancinhas porque o reino dos céus é de quem vos assemelham” – com estas
palavras quis Jesus dizer que teremos que ser puros, autênticos, integrados com
a nossa natureza divina, sem fugas ou máscaras, para alcançarmos a nossa
evolução espiritual.
Ter atitudes simples, como lidar com animais, brincar com
crianças, atividades criativas como a pintura, tocar um instrumento, fazer
pequenas tarefas domésticas, cozinhar, manter uma conversa amena, contar um
caso, ver um bom filme, escutar uma música, cantar, sorrir, ouvir com atenção,
olhar com ternura, tocar as pessoas, abraçar, fazer um elogio sincero, curtir a
natureza, admirar o por do sol, etc. Estas são tarefas que muito lhe ajudará a
reencontrar o equilíbrio e a harmonia interior.
Manter sempre o bom humor. Aquele que tem no ideal de servir
uma meta de vida, será sempre uma pessoa feliz.
Na vida o que mais importa é o amor e o bem querer das
pessoas, viver suas emoções; não se deixar afetar por coisas pequenas.
Muitas vezes nos deixamos abater por problemas, que se
olharmos com olhos de espíritos eternos em passagem pela terra, não
valorizaríamos.
Substituir sentimentos de auto-piedade por vibrações em
favor dos que sofrem.
Se olharmos com atenção e interesse ao nosso redor, veremos
que existem pessoas com problemas muito piores, que o nosso a pedir socorro.
Procurar praticar atividades físicas regulares, como a
caminhada, um esporte, um lazer. A mente parada começa a criar pensamentos
negativos, que se assemelham a lixos amontoados dentro de casa. Com estas
atividades, você estará desviando sua mente destes pensamentos deletérios.
Tornar-se empreendedor, dinâmico, criando idéias novas e
construtivas em benefício do semelhante, com motivação para implementá-las,
junto ao grupo ou a comunidade que pertence.
Não fique estagnado esperando que a coisas aconteçam em seu
favor. Aja em favor do próximo e não se surpreenda se você for o mais
beneficiado.
Leituras edificantes, uma conversa com um amigo, um
terapeuta ou um orientador espiritual, ajuda você a ver o problema por um outro
ângulo.
A oração é um recurso indispensável no processo de
recuperação. Através dela estabelecemos sintonia com a Espiritualidade Maior,
facilitando o caminho para que nos inspirem e revigorem nossas energias.
Não nascemos para sofrer. A vontade de Deus é a nossa
alegria e a nossa felicidade.
Se sofremos é por nossa causa. Os nossos problemas e nossas
dificuldades devem ser interpretados como instrumentos para nossa evolução.
Nunca devemos nos deprimir ou nos revoltar contra eles.
O melhor aprendizado, é aquele que tiramos de nossa própria
vida.
Vocábulo “crise” em algumas línguas podem ter dois
significados: a oportunidade ou perigo. Oportunidade de crescimento ou perigo
de queda.
O que importa é sabermos que os problemas, que deparamos na
vida só surgem quando já temos condições de solucioná-los.
Como disse o Mestre Jesus: ” O Pai não coloca fardos pesados
em ombros fracos”. Deste modo, ficamos mais fortes ao saber que temos todas as
condições interiores, para enfrentar as dificuldades que a vida nos apresenta.
Ter consciência, que acima de tudo, tem um Deus maior a
zelar por nós e que nunca nos abandona. Confiar em Jesus e seguir seu exemplo
de vida: “Eu sou o Bom Pastor; tende bom ânimo; não se turbe o vosso coração;
vinde a mim vós que andais afadigados, cansados e oprimidos, e Eu vos
aliviarei”
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